Se pensarmos nos dias de hoje, definitivamente a tecnologia domina todos os aspectos das nossas vidas. É muito raro encontrar alguém que não tenha um telefone celular, um smartphone, uma tablet, um computador ou outros aparelhos que nos ajudam no dia a dia. Alguns deles até calculam o tempo de atividade real, ou seja, quanto tempo estamos com nosso olhar direcionado para a tela do dispositivo. Quem nunca se surpreendeu ao tomar conhecimento de quantos minutos por dia (para não dizer horas), passa na frente de uma tela? Sem dúvida, isto tem um custo para a nossa capacidade de concentração.
Uma pesquisa realizada em 2016 pela Microsoft e pelo Media Lab do M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology), observou o comportamento de 40 de seus colaboradores e constatou que os trabalhadores mudavam de foco cada 47 segundos! O estudo foi realizado considerando o trabalho em modo de multitarefa e hoje é um dado de realidade o fato de todos estarmos funcionando dessa maneira, em menor ou maior grau.
Interessante a observação de Linda Stone, membro do conselho de assessoramento do Media Lab do M.I.T. onde afirma que “Colocamos muito foco na gestão do tempo, e muito pouco na gestão da nossa atenção” (sic) e pensando nisto me lembrei da Técnica do Pomodoro.
Na década de 80, em tempos de tecnologia limitada e de difícil acesso, o italiano Francesco Cirillo com dificuldades para se concentrar, resolveu utilizar um relógio em forma de tomate que havia em sua cozinha para cronometrar intervalos de tempo (inicialmente de 10 min), onde sua atenção deveria ficar concentrada em uma determinada atividade.
Deu certo! Assim, nascia a "Técnica Pomodoro” (tomate em italiano).
A Técnica foi aperfeiçoada, e foram criados 4 ciclos de 25 minutos para atividades e 5 minutos de descanso entre cada uma delas. No final do grande ciclo quando são completados os 4 Pomodoros, a pausa é maior, de 15 a 30 minutos, e assim sucessivamente.
Então, se você resolver experimentar, durante os 25 minutos de duração do ciclo você estará utilizando o pensamento Focado (aquele que utilizamos para realizar uma tarefa que exige concentração), enquanto nos 5 minutos de descanso, o pensamento Difuso (que aparece em momentos de dispersão, por exemplo, na hora do cafezinho).
Sempre é importante anotar cada atividade a realizar e checar as que já foram feitas. Caso uma atividade leve mais de um Pomodoro (25 minutos), divida-a em tantos Pomodoros quantos forem necessários, sempre seguindo a mesma regra.
Podemos perceber que este modelo de trabalho é muito parecido com as atuais metodologias ágeis utilizadas principalmente em projetos de desenvolvimento de software, por exemplo. A diferença é que os ciclos Pomodoros tem uma duração curta e os Sprints das ágeis mais longos, o conceito é o mesmo.
Ficou mais claro?
Então anote as dicas que Cirillo deixou para nós:
Na medida do possível, utilize papel e lápis.
Anote e depois priorize todas as atividades que você precisa fazer.
Escolha um método para cronometrar o tempo de cada Pomodoro e as pausas. Como sugestão você também pode utilizar algumas das funções do seu celular.
Tudo aquilo que você pensar em fazer enquanto está no meio de um Pomodoro, anote em um papel para realizar em outro momento. O motivo é bem simples: não existe meio Pomodoro; eles sempre são inteiros (para não desfocar da tarefa que você está realizando no momento).
A Ténica Pomodoro ajuda a evitar a procrastinação, impõe uma pressão positiva, ajuda a manter o foco evitando distrações, faz com que você sempre tenha alguns minutos de descanso e aumenta a agilidade mental.
Você notará que quanto mais utilizar a Técnica, mais a sua produtividade aumentará, devido ao melhor aproveitamento do seu tempo.
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